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ETAPA 1. ENSINO RELIGIOSO. TERCEIRO ANO

 


Componente Curricular: ENSINO RELIGIOSO. TERCEIRO ANO.

Professor: Paulo Vinícius

E-mail professor: paulo-vcoelho@educar.rs.gov.br







ATIVIDADE: Leia o texto em anexo e escreva no mínimo dois parágrafos sobre as diferenças entre “mito” e Filosofia.

(Envie a tarefa para o e-mail do professor até a data determinada pela escola, em anexo nos formatos PDF ou “.doc” Word ou “.docx” Libre Office).






Mito e filosofia segundo Karl Popper
Introdução

A diferença entre mito e filosofia é um tema bastante discutido. O texto abaixo foi escrito por Karl Popper. Nele, o filósofo apresenta aquilo que considera ser uma das características fundamentais do pensamento dos primeiros filósofos, o que faz com que seu pensamento seja diferente do pensamento mítico.
Estudo de texto

O que é novo na filosofia grega, o que é acrescentado de novo a tudo isso, parece-me consistir não tanto na substituição dos mitos por algo de mais “científico”, mas sim em uma nova atitude em relação aos mitos. Parece-me ser meramente uma consequência dessa nova atitude o fato de que seu caráter começa então a mudar.

A nova atitude que tenho em mente é a atitude crítica. Em lugar de uma transmissão dogmática da doutrina (na qual todo o interesse consiste em preservar a tradição autêntica) encontramos uma tradição crítica da doutrina. Algumas pessoas começam a fazer perguntas a respeito da doutrina, duvidam de sua veracidade, de sua verdade.

A dúvida e a crítica existiram certamente antes disso. O que é novo, porém, é que a dúvida e a crítica tornam-se agora, por sua vez, parte da tradição da escola. Uma tradição de caráter superior substitui a preservação tradicional do dogma. Em lugar da teoria tradicional, do mito, encontramos a tradição das teorias que criticam, que, em si mesmas, de início, pouco mais são do que mitos. É apenas no decorrer dessa discussão crítica que a observação é adotada como uma testemunha.

Não pode ser por mero acidente que Anaximandro, discípulo de Tales, desenvolveu uma teoria que diverge explícita e conscientemente da de seu mestre, e que Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, tenha divergido de modo igualmente consciente da doutrina de seu mestre. A única explicação parece ser a de que o próprio fundador da escola tenha desafiado seus discípulos a criticarem sua teoria e que eles tenham transformado esta nova atitude crítica de seu mestre em uma nova tradição.

Popper, Karl. “O balde e o holofote” (apêndice), in Conhecimento objetivo. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1974.





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